Série Brasileiras que Fizeram História: Tarsila do Amaral (1886-1973)

By Bazar Horizonte 5 anos agoNo Comments
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Nascida em 1º de setembro de 1886, em Capivari, interior de São Paulo, era filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lídia Dias de Aguiar, e neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em virtude da imensa fortuna acumulada em fazendas do interior paulista.

Seu pai herdou a fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses e foi educada conforme o gosto do tempo. Sua primeira mestra, a belga Mlle Marie van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês. Sua mãe passava horas ao piano e contando histórias dos romances que lia às crianças. Seu pai recitava versos em francês, retirados dos numerosos volumes de sua biblioteca.

Ela estudou em São Paulo, em um colégio de freiras do bairro de Santana. Completou os estudos em Barcelona na Espanha.

Ao chegar da Europa, em 1906, casou-se com o médico André Teixeira Pinto.

O marido se opôs ao desenvolvimento artístico de Tarsila e exigiu dedicação exclusiva à vida doméstica, levando à separação do casal.

A anulação definitiva do casamento foi concretizada anos depois. Com ele teve sua única filha, a menina Dulce, nascida no mesmo ano do casamento. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha e voltou a morar com os pais na fazenda, levando Dulce.

Em 1913, muda-se para São Paulo. Aprende piano, copia pinturas e acompanha algumas discussões literárias, sem saber direito a que se dedicaria. O contato com as artes se estreita a partir de 1916, quando passa a trabalhar no ateliê do escultor William Zadig, com quem aprende a modelar. No mesmo ano, tem aulas com o escultor Mantovani. Seu aprendizado continua no curso de desenho com Pedro Alexandrino. Aí conhece Anita Malfatti, já modernista, abrigada na turma do professor acadêmico. Posteriormente ela e alguns colegas do curso de Pedro Alexandrino fazem aulas de pintura com Georg Elpons, que lhes apresenta técnicas diferentes das acadêmicas, como a aplicação de cores puras, diretamente do tubo.

A partir da década de 1930, a vida de Tarsila modifica-se bastante. No primeiro ano da década separa-se de Oswald. Na mesma época, ocupa, por um curto período, a direção da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp). Viaja para a União Soviética no ano seguinte e expõe em Moscou. A partir de 1933, seu trabalho ganha uma aparência mais realista. Influenciada pela mobilização socialista, pinta quadros como Operários e 2ª Classe, preocupados com as mazelas sociais.

Em 1935, muda-se para o Rio de Janeiro. Sua vida é atribulada. A artista tem uma situação doméstica confusa, repleta de afazeres e afasta-se da pintura. Ocupa-se da disputa de posse de sua fazenda e trabalha muito como ilustradora e colunista na imprensa. A partir de 1936 colabora regularmente como cronista no Diário de São Paulo, função que ocupará até os anos de 1950. Nessa época, seus quadros ganham um modelado geométrico. As cores perdem a homogeneidade e tornam-se mais porosas e misturadas. Em 1938, recupera a propriedade, retorna à São Paulo e sua produção volta à regularidade. Reaproxima-se de questões que animaram o período heróico do modernismo brasileiro.

Em 1950, é feita a primeira retrospectiva de seu trabalho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).

A exposição dá mais prestígio à artista, nela as pinturas da fase “neo pau-brasil” são mostradas pela primeira vez.
O retorno a temas nacionais anima Tarsila a pintar dois murais de forte sentido patriótico.
Em 1954, termina Procissão do Santíssimo, encomendado para as comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Dois anos depois, entrega O Batizado de Macunaíma, para a Editora Martins. Em 1969, a crítica de arte Aracy Amaral organiza duas importantes retrospectivas do trabalho de Tarsila. Uma no MAC/USP e outra no MAM/RJ.
As mostras consolidam sua importância para a arte brasileira.
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